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NOVA PUBLICAÇÃO

Escola e metamorfoses: uma leitura antropológica da literatura de Édouard Louis – Rodrigo Rosistolato e Tânia Dauster

Resumo: O artigo é fruto de reflexões socioantropológicas relacionadas à obra de auto-ficção publicada por Édouard Louis. O escritor francês, nascido nas camadas subalternizadas da França contemporânea, converte a sua trajetória entre a infância, a adolescência e a idade adulta em manifesto político. A sua literatura é um mergulho de reconstrução identitária que envolve trânsitos espaciais, associados a mudanças simbólicas construídas com a intencionalidade central de tornar-se outro, fruto de identificações positivas com o estilo de classe que ele associa ao que classifica como “burguesia francesa”. As metamorfoses vivenciadas pelo autor mesclam escolhas racionais e contingências sociais, atravessadas permanentemente por questões educacionais, aprendizagens e pelas desigualdades estruturais presentes no contexto francês. Demonstraremos uma teia intrincada, presente em sua literatura, quearticula abordagens, em certa medida, conceituais, oriundas da formação em ciências humanas do autor, comrecor-tes do passado, construídos enquanto memória. Os livros analisados, em conjunto ou individualmente, revelam os detalhes de um projeto que sec onstrói em duas vias.Por um lado, no sentido da própria transformação e, por outro, da construção narrativa –literária-das metamorfoses como estratégia de consolidação de um lugar no campo literário, inicialmente francês e depois mun-dial. Há um conjunto de intencionalidades manifestas nos livros, que revelam as estratégias de um intelectual que realizou uma leitura dos campos acadêmico e literário e estabeleceu relações com outras personalidades já reconhecidas em ambos os cená-rios. Nestas redes, ele organizou ações em modo prospectivo de forma a inserir-se academicamente e no mercado literário e obteve sucesso. Salientamos que compreendemos sucesso em acordo com perspectiva do próprio autor, explicitada nos livros.


Cestaria no Mercado Ver o Peso. Belém do Pará - Brasil (2010). Foto: Anderson Tibau
Diários de Bordo. Museu-da Patagônia Francisco P. Moreno. Argentina (2010). Foto: Anderson Tibau
Cerâmicas na Casa Pueblo. Uruguai, 2012. Foto: Anderson Tibau
Santuario con ofrendas en el Cerro San Cristóbal en Santiago. Chile, 2010. Foto: Anderson Tibau
Mural serigrafia. Paraguai, 2012. Foto: Anderson Tibau.
Pintura nativa no mercado de Otavalo. Equador, 2011. FotoAnderson Tibau.
Murais em Bogotá. Colômbia, 2006. Foto: Anderson Tibau
Isla Saona. República-Dominicana, 2010. Foto: Anderson Tibau
Alunos visitando feira de livros. Cuba, 2012. Foto: Anderson Tibau
Muralismo Maya. México (2012). Foto: Anderson Tibau
Cestaria no Mercado Ver o Peso. Belém do Pará - Brasil (2010). Foto: Anderson Tibau
Diários de Bordo. Museu-da Patagônia Francisco P. Moreno. Argentina (2010). Foto: Anderson Tibau
Cerâmicas na Casa Pueblo. Uruguai, 2012. Foto: Anderson Tibau
Santuario con ofrendas en el Cerro San Cristóbal en Santiago. Chile, 2010. Foto: Anderson Tibau
Mural serigrafia. Paraguai, 2012. Foto: Anderson Tibau.
Pintura nativa no mercado de Otavalo. Equador, 2011. FotoAnderson Tibau.
Murais em Bogotá. Colômbia, 2006. Foto: Anderson Tibau
Isla Saona. República-Dominicana, 2010. Foto: Anderson Tibau
Alunos visitando feira de livros. Cuba, 2012. Foto: Anderson Tibau
Muralismo Maya - México - 2012
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Cestaria no Mercado Ver o Peso. Belém do Pará - Brasil (2010). Foto: Anderson Tibau
Diários de Bordo. Museu-da Patagônia Francisco P. Moreno. Argentina (2010). Foto: Anderson Tibau
Cerâmicas na Casa Pueblo. Uruguai, 2012. Foto: Anderson Tibau
Santuario con ofrendas en el Cerro San Cristóbal en Santiago. Chile, 2010. Foto: Anderson Tibau
Mural serigrafia. Paraguai, 2012. Foto: Anderson Tibau.
Pintura nativa no mercado de Otavalo. Equador, 2011. FotoAnderson Tibau.
Murais em Bogotá. Colômbia, 2006. Foto: Anderson Tibau
Isla Saona. República-Dominicana, 2010. Foto: Anderson Tibau
Alunos visitando feira de livros. Cuba, 2012. Foto: Anderson Tibau
Muralismo Maya - México - 2012
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Dos álbuns de fotos de expedições à Patagônia argentina no início de Século XX ao muralismo Maya de 300-900 d.C. no México, passando pelo detalhe de uma praia caribenha, a luz escrita revela entre natureza e cultura, cores e texturas de variados universos, ancestrais e contemporâneos, nativos e urbanos, da nossa América Latina. As fotografias foram feitas entre os anos de 2006 e 2012 em viagens pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Chile, Paraguai, Equador, Colômbia, República Dominicana, Cuba e México.

A Rede Argonautas de Pesquisadores em Antropologia e Educação é uma construção de antropólogos que buscam conceber a Antropologia e a Educação como campos de conhecimento em diálogo no mundo. Objetiva estabelecer trocas acadêmicas com pesquisadores do Brasil e de outros países, bem como agregar resultados de pesquisas, divulgar publicações e eventos relativos ao tema e indicar links, entre outros suportes tecnológicos que permitam visibilizar nossos saberes e fazeres com sabor e arte. O interesse maior é o de possibilitar diálogos em profundidade que permitam consolidar a interface Antropologia e Educação, em termos de campos propositivos, compreensivos e críticos.

Há cem anos Bronislaw Malinowski se inspiraria na Argonáutica, de Apolônio de Rodes, para nos inspirar com inquietação e uma provocação: “cirkular é preciso”! Não temos dúvida que um outro leitor em Pessoa, um navegante moderno português, ratificaria: navegar é preciso! Afinal, navegar é uma ação, um ato de coragem, um risco. E viver sem coragem, sem arriscar-se, sem sonhar, sem partilhar, enfim, sem trocar experiências não é preciso. E Argonautas fazem e se propõem a fazer, trocar experiências, navegar, sonhar, arriscar-se. Como também já o disse Rosa, outro viajante das Gerais: viver é um risco! 

Convidamos todas as pessoas a dialogar conosco! Uma antropologia que se pretende ou se propõe menos a ensinar e mais a aprender. Sugerimos que os estudos antropológicos como “uma forma de viver junto com os outros, é inteiramente educacional”.

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“Sou um homem de causas. Vivi sempre pregando, lutando, como um cruzado, pelas causas que comovem. Elas são muitas demais: a salvação dos índios, a escolarização das crianças, a reforma agrária, o socialismo em liberdade, a universidade necessária. Na verdade somei mais fracassos que vitórias em minhas lutas, mas isso não importa. Horrível seria ter ficado ao lado dos que nos venceram nessas batalhas.” Darcy Ribeiro

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