Tatiana Arnaud Cipiniuk

Professora Doutora Tatiana Cipiniuk

Acadêmica antropóloga que se tornou mãe, é assim que me defino, atualmente, em uma frase. Me chamam de Tati, carioca, filha de amorosos e lutadores, pai e mãe que me deixavam, aos cuidados da terna avó materna, para labutar. As mulheres foram, são e sempre serão protagonistas na minha vida. Sempre vivi rodeadas por elas, com elas e para elas. Assim me tornei filha, neta, irmã, amiga, aluna, professora, orientadora, companheira, mãe e muitas outras atribuições sociais femininas e anti-machistas das quais me orgulho vigorosamente.

Me alfabetizei aos 5 anos e entrei na faculdade de administração de empresas aos 18 anos. Após um longo processo de seleção me tornei funcionária efetiva de uma grande empresa transnacional americana, pouco tempo depois de me formar. Mas foi somente alguns anos mais tarde que descobri o que me tornaria plena ao ler: Os Nuer e os Azande de Evans Pritchard, na minha segunda graduação em Produção e Marketing Cultural.

Foi então que decidi pedir demissão do cargo que ocupava. Todos me questionaram se eu havia perdido a sanidade mental. Desconfio que estava enfeitiçada pela magia Azande.  Já demitida, assisti uma palestra no IPHAN RJ de uma antropóloga que havia construído, junto com sua turma de pedagogia, um incrível almanaque. Entrei em contato com ela e me foi indicado fazer mestrado em antropologia, mas como o prazo para prova estava muito em cima da hora ela disse somente para eu tentar. Tentei e passei na prova. O ano era 2007 e essa data tornou-se um marco para mim na medida em que iniciei no mestrado pesquisa etnográfica em duas escolas públicas no Rio de Janeiro.O primeiro momento dessa pesquisa se desdobrou em um livro, intitulado: Analfabeto: problema social e desonra pessoal. O segundo, me conduziu ao doutorado e na produção de outro livro: Analfabetos num mundo letrado, desafios e superações. Em seguida realizei o pós-doutorado em antropologia por cinco anos, sempre pensando no desafiador processo de etnografar a escola e as sociabilidades vividas pelos alunos dentro e fora dela. Essa temática é abordada em conformidade às relações de alteridade que instauram condições de estranheza e desonra entre aqueles que não completam regularmente o ensino escolar. Como antropóloga sinto a escola como um mundo completo onde as oportunidades de pesquisa são imensuráveis e necessárias, especialmente no Brasil. E é nesse mundo desafiador e fascinante que me insiro. Entusiasmada por navegar junto com outros Argonautas em águas tão propícias ao diálogo, interação e aprendizado. Encontro-me também associada à Argonautas – Rede de Pesquisa em Antropologia Educação inscrita no Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil – CNPq.


Saiba mais sobre a Tatiana:

Lattes: http://lattes.cnpq.br/1091922769321105

Orcid: https://orcid.org/0000-0002-2530-118X

Academia: https://iduff.academia.edu/TatianaCipiniuk

Instagram: https://www.instagram.com/tatianacipiniuk/

Grupo de pesquisa Argonautas no CNP


Publicações

Entrevista: Pesquisadora da UFF desconstrói crença sobre analfabetismo

Etnografia em escola pública e seus desafios

Processos de alfabetização e analfabetismo

Investimentos na superação da condição analfabeto

Livro: Abordagens etnográficas sobre educação: adentrando os muros das escolas

Livro: Analfabeto: problema social e desonra pessoal

Livro: Analfabetos num mundo letrado


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